G.E.I.KE
Ian Habib é performer, dançarino, pesquisador e artista visual (PUCMG/UFMG/UFRGS) transgênero. Mestrando em Dança, desenvolve pesquisa que une Performance e Audiovisual. Fundador do NebullaMovement, composto por Ian Geike e seus colaboradores artísticos não-fixos. Criou trabalhos nas áreas de dança, performance, audiovisual e artes digitais. Sua instalação coreográfica 3 vozes, composta de uma bailarina e duas vídeo-projeções deu origem à vídeo-dança 3 vozes mind vertice nous triskle ou triskelion, que ganhou o Prêmio Açorianos de Dança 2015 - Categoria Novas Mídias. Foi o segundo brasileiro a ser aprovado no ITI SINGAPURA (Intercultural Theater Intitute), com projeto de performance e artes visuais.
Suas vídeo-performances DESANIDO e SEBASTIAN circularam por diversos festivais como Dança em Foco, Audiovisualsemdestino, Magmart (ITA), PPPP (programa público performance península), Performance no Lugar, Festival de C4nn3$. Suas performances e trabalhos foram apresentados no Teatro Renascença, na Sala Alvaro Moreyra, na Casa de Cultura Mário Quintana, na Sala Cecy Frank, na Casa de Cultura Tony Petzhold, na Usina do Gasômetro, na Galeria Renascença, na Galeria Península, na Casa Frasca, na Pinacoteca Barão de Santo Ângelo, no Lugar, na Galeria Subterrânea, na Sala Alziro Azevedo, na Sala Qorpo Santo, no Salão de Atos da Prefeitura, no Teatro Carlos Gomes, no CEC BH e em diversas localidades urbanas.
Sua primeira performance Sebastian, trabalho que une dança e audiovisual, circulou em 2018 pelo Festival Internacional de Teatro UB/FITUB/SC, pelo 1° Festival Nacional de Teatro do Rio Grande do Norte, pelo TPE Porto Alegre, e foi convidado a participar da Maratona de Monólogos (RS), do Festival Atos de Teatro Universitário (Goiânia), e do III Congresso de Diversidade Sexual e de Gênero de Ouro Preto (MG), antes de ser veiculado em diversas mídias após sua censura, também em 2018. Sebastian foi cancelado em ato autoritário e unilateral do prefeito de Gaspar – SC, onde deveria ter se apresentado no Festinver. A performance segue sua resistência, beneficiando-se da excelente crítica especializada a seu respeito - em textos e entrevistas oferecidas pelos artistas visuais, artistas da cena e pesquisadores Fernando Villar, Naira Ciotti, Sandra Meyer, Celina Alcântara, Robson Haderchpek, Ana Cecília Reckziegel, Pepe Sedrez, Fábio Hostert, dentre outros. Conta também com a mobilização de inúmeros artistas do sul do Brasil no viralizado “eles censuram, nós sebastiamos”, com um artigo do FECATE, com o Ofício n° 120/2018/CEC, denominado "Moção de repúdio ao cancelamento do espetáculo 'Sebastian'", escrita em 08 de agosto de 2018 pelo Presidente do Conselho Estadual de Cultura da Secretaria de Estado De Turismo, Cultura e Esporte do Estado de Santa Catarina, e com o artigo sobre seu processo de criação, escrito por Saulo Almeida (USP) e denominado “A Cena Mitopoética: Relações do Consciente e do Inconsciente no Processo de Criação” publicado na Manzuá (PPGAC da UFRN/DEART/CCHLA). A criação da performance partiu do projeto artístico multimeios de Geike, o Projeto Sebastian. O Projeto produziu a pesquisa em performance e audiovisual denominada Corpo-catástrofe: a Transformação e o Corpo Sacrificial, que teve como colaboradores Alexandre Brum Correa (BR/EUA), Benjamim Abras, Leela Alaniz (BR/FR), Chico Machado, Raísa Campos, Gui Augusto, Emily Chagas, Michele Degan (ITA), André Vaillant (BR/INDIA), Michel Degas, Janaína Freitas, dentre outros. O Projeto é composto também da 1º festa performativa queer brasileira organizada em sua totalidade por artistas transgênero - cerca de 50 integrantes -, chamada Queermesse de São Sebastião, com a colaboração de órgãos LGBTTQI+, como G-8 Generalizando, SOMOS, DAFE, Igualdade RS, MONART, IBRAHT, e HTA; de TransSebastian, uma série de foto-performances que retrata o primeiro São Sebastião transgênero; da vídeo-performance Sebastian; e da vídeo-performance 7 Flechas, trabalho em progresso com Abras.
Criou também os trabalhos de performance e artes digitais Superorganism, com a colaboração artística de Ludovic Fouquet (FR) e Invisible, com a colaboração de Marcelo Padovani. Criou a vídeo-performance Tez, com a colaboração da artista visual Bévora, que será transformado em vídeoarte. Apresentou Empecilho Pessoal no 1° simpósio internacional subjetividade cultura digital: corpo e virtualidade, e no Masterplano (BH). Apresentou-se como VJ na Casa Frasca, junto de Victor de la Roque, Biah Werther, Andressa Cantergiani, Livia Koeche. Foi integrante por 2 anos do Grupo Experimental de Dança da Prefeitura de Porto Alegre e dançou em Sagração, dirigido por Douglas Jung, e em um corpo terrorista!?, dirigido por Airton Tomazzoni e Alessandro Rivellino, e apresentado no Festival Dançapontocom. Fundou o grupo de pesquisa em movimento Centro de Estudos Corporais do Ator-Bailarino, que posteriormente se uniu ao Laboratório Dramaturgias do Corpo/Solo em Foco, tendo sede em Belo Horizonte. Foi palestrante convidado no Transgenealogia do programa PPPP da Galeria Península. Foi professor/facilitador do grupo de performance Laboratório de Práticas Corporais. Integrou pesquisas de performance, audiovisual e artes digitais nos coletivos Insubordinados e MedulaSonora; de História da Dança no Mergulho 747; de Contato-Improvisação e outras práticas performativas no Lab Contato Poa; de Axis Syllabus no Nomadic College (Axis Syllabus/ALEMANHA); de Mímica Corporal Dramática com Alexandre Brum Correa (EUA), Bya Braga e Leela Alaniz (FR); de Biomecânica Teatral com Marcelo Bulgarelli (ITA).
Como bolsista de Iniciação Científica no Projeto Transoperatividade, Resistência e Adaptabilidade: Experimentações Cênicas de Cooperações Textuais Não-hierarquizadas, criou dispositivo em dança-tecnologia, artes digitais e inúmeras performances e trabalhos audiovisuais.
Trabalhou como produtor cultural no Projeto Teatro, Pesquisa e Extensão, desenvolvendo por dois anos a produção da Mostra de Teatro Universitário Anual da UFRGS, junto de seu projeto gráfico e suas tecnologias de divulgação, o que ampliou em 400% o alcance de público. Trabalhou no Projeto de Educação TPE Escola, voltado a ampliar o acesso estudantil à arte.
Participou como bolsista de inúmeros congressos e encontros como ABRACE, ECUM e Congresso Internacional de Etnocenologia. Seu treinamento em dança e performance inclui educação somática, práticas meditativas, o NINHO escola de dança contemporânea e aulas regulares com Didi Pedone, Luciana Paludo, Ana Medeiros e Hiroshi Nishiyama (JAP). Estudou com Carla Normagna, Morena Nascimento, Viliam Docolomanský, Tatiana Motta Lima, Tiago Gambogi (ING), Francesca Della Monica (ITA), Magda Loitzenbauer (AUS), Jussara Miranda, Neca Machado, João De Ricardo, Johanne De Fine Licht (DIN), Andrzej Paluchiewicz (POL), Ian Janowski (POL), Minako Seki (JAP), Frey Faust (ALE), Jean-Jacques Lemêtre (FR), Maura Baiocchi, Cintia NapolI, Michel Capeletti (AR), Boris Mihci (ALE), Kira Kirsch (ALE), Paula Zacharias (AR), Renzo Zavaleta (CL), Gabriel Forestieri (EUA), Kent Sjöström (SUE), Fernanda Carvalho Leite, Etc.
Atualmente desenvolve um novo projeto multimeios chamado CORPOS TRANSFORMACIONAIS, e também atende pelos nomes AAANALI, Sebastian e Ian Geike, além de já ter assinado como Lilian Guimarães Habib.
nebullamovement é uma identidade mutável constante em busca de novos territórios, e significa não estar sozinho, retroalimentar um mesmo espaço de pesquisa, partilhar não hierarquicamente experiências e criar estruturas abertas para colaboração mútua. Composto por ian geike e convidados de diferentes áreas e localizações, nebulla desenvolve projetos muito diversos, explorando novas linguagens em cada obra. A busca por lugares não-familiares e as múltiplas passagens de colaboradores artísticos alimentam as transformações artísticas. Alguns dos colaboradores: Alessandro Rivellino, Ludovic Fouquet, Filipe Filgueiras, Filipe Rossato, João G de Queiroz, Alexandre Brum Correa, Leela Alaniz, Chico Machado, Benjamin Abras, Marcelo Padovani, Raisa Campos, Gilmar Iria, Michele Degan, Carla Normagna, Renata Carvalho, Élle de Bernardini, dentre muitos outros.