TEZ
FICHA TÉCNICA
TEZ
Performer Naiana Wink, Lígia Meyer e Ian Geike
Câmera Naiana Wink, Lígia Meyer e Ian Geike
Edição Bévora
Som Bévora
Produção Nebulla Movement
Ano 2016
I OUTRAR-SE
Performer Naiana Wink
Câmera Lígia Meyer e Ian Geike
Edição Bévora
Som Bévora
II DESPERSONA
Performer Lígia Meyer
Câmera Naiana Wink
Edição Bévora
Som Bévora
III FERIDA ABERTA EM {PEPITA}
Performer Ian Geike
Câmera Lígia Meyer
Edição Bévora
Som Bévora
APRESENTAÇÃO
tez é uma colaboração entre o coletivo nebulla movement, do artista transgênero ian geike, e as artistas naiana wink, lígia meyer e bévora.
surgindo de estudos de movimento e estruturas de improvisações, a vídeo-performance discute a fluidez dos processos de subjetivação e identidade de gênero.
é criada série não-finalizada de vídeo-performances, utilizando o zentai - numa tradução literal quer dizer corpo todo e é uma manifestação artística e sexual que surgiu nos teatros do japão, valorizando a percepção e visando dar ou não visibilidade ao corpo - como incorporação das práticas pesquisadas.
tez é um ato de reunir e digerir através das lentes os atos uns dos outros, reivindicando a dança e a performance como o lar da experimentação e desafiando as noções de gênero, improvisação, registro, identidade e processo.
SINOPSE
há um desequilíbrio que põe o sujeito em lugar de incessante questionamento, posto que ele se perde diante do próprio desejo. o erótico excede os limites do eu-pele, a ponto de permitir uma violenta esquiva do entendimento. tez, estranha alteridade radical que desencadeia a instauração do corpo simbólico, irá dissolver formas constituídas e desencadear perturbações e incômodos na normalidade cotidiana.
DESCRIÇÃO
Pós-Pornô, Vídeo-performance
PRIMEIRO VÍDEO DA SEQUÊNCIA DE VÍDEO-PERFORMANCES CORPO CATÁSTROFE
corpo-catástrofe é uma sequência de vídeo-performances de ian geike, que visa construir o corpo sacrificial a partir de sua pesquisa corpo-catástrofe, considerando suas experiência de encontro com são sebastião e a estética da catástrofe de barakei.
descobrindo o núcleo exposto de uma maçã em corte, cujo caroço é ao mesmo tempo seu dentro-fora, mishima parte para sua tarefa final: o seu próprio sacrifício. o início dessa tarefa se dá, sobretudo, num último álbum de fotografias, junto do fotógrafo eikoh hosoe - chamado de barakei (tortura pelas rosas) -, em que se evidencia na performance de mishima todo seu projeto iconoclasta e auto-mitológico, relacionado à morte e ao corpo. as fotos mostram o artista realizando performances de inúmeros suicídios diante da câmera: cometendo o seppuku, sendo asfixiado por toneladas de rosas e sendo crivado de flechas como um são sebastião, junto de outras referências ao santo. ao debruçar-se tão longamente sobre o extasis e o corpo sacrificial, em cuja forma o estado do sofrimento é transfigurado e divinizado, é empunhado o leque fechado que representa a espada japonesa no treinamento mais comum para o suicídio ritual samurai - o seppuku, ou cortar o ventre, dessa vez é realmente executado por mishima, em 1970 -, conectando a morte gloriosa e corajosa do guerreiro oriental à imagem de são sebastião, crivado por meio de flechas ao ser julgado sumariamente como traidor.