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FERIDA ABERTA EM {PEPITA}

FICHA TÉCNICA

Performer Ian Geike

Trilha-sonora Ian Geike

Figurino Sebastian

Fotografia Iuri Lis

Iluminação João Gabriel de Queiroz

Operação de som e vídeo João Gabriel de Queiroz

Projeções João Gabriel de Queiroz

Teaser João Gabriel de Queiroz

Produção Ian Geike

Arte Gráfica João Gabriel de Queiroz

Colaborações artísticas Ligia Meyer, Naiana Wink

Apoio Nebulla Movement

Classificação Etária 14 anos

DESCRIÇÃO

Performance

SINOPSE

i’m freaking out, baby. there’s something flowing all over my body and it feels like fresh diamonds coming over. waterproof structure for covering something ill-spoken-horny and beautiful. algo tão mal-fa-la-do. há algo fluindo por todo meu corpo. hoje umbra negra, amanhã ferida tórpida. hoje, toda espuma das marés, amanhã ferida aberta em {pepita}.

DESCRIÇÃO

O artista encontra-se em espaço com projeções e sons. Seu corpo, cronicamente instável, está coberto por grossas camadas de espuma branca de sabão, que dão lugar a inúmeras figuras fugazes, porosas e singulares, enquanto sua própria matéria muda de estado e a espuma é transmutada em pedra. 

 

APRESENTAÇÃO

Baseada na vídeo-performance TEZ (III), Ferida aberta em {pepita}, performance do artista transexual Ian Geike, discute a fluidez dos processos de subjetivação e identidade de gênero. Tomando a Transformação Corporal - conceito criado em seu projeto de mestrado a partir de noções da Antropologia, da Filosofia e da Neurologia Cognitiva -, como pressuposto teórico e prático, o artista lida com seu corpo como um processo infindável de múltiplas e caóticas transformações. 

 

Inicialmente utilizando a epiderme - do grego em cima da pele, é um tecido multiestratificado em renovação celular constante, que se modifica em diferentes tipos celulares ao longo de seu ciclo de vida - como metáfora aos processos de Transformação Corporal, a performance reflete sobre as noções dicotômicas de interior e exterior, de corpo e ambiente. O artista, que lida diariamente com inúmeras formas de Transformações Corporais, cria abordagem sensível e delicada sobre o difícil tema, baseando-se nas Políticas da Percepção e na dissolução das noções cartesianas de corpo propostas pelo Butoh. Utilizando práticas de modificações de estados corporais, como a meditação, a educação somática e a dança, o artista propõe encontro transformador com seu público. 

 

A performance do vídeo foi adaptada à cena, podendo agora ser apresentada em qualquer espaço fechado. Em sua nova versão, o Zentai é trocado pelo próprio corpo semi-nu do performer, e o espaço ganha inúmeras outras instâncias, feitas por projeções mapeadas e som.

 

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