SEBASTIAN
DESCRIÇÃO
Vídeo-performance, Videoarte
FICHA TÉCNICA
Conceito e Direção Ian Geike
Performer Ian Geike
Colaboração artística Alexandre Brum
Cinegrafista Filipe Rossato
Edição Filipe Rossato
Som Filipe Rossato
Produção Ian Geike
Apoio Nebulla Movement
Classificação Etária Livre
Formato HD
Ano 2017
SINOPSE
nos jardins e interior da igreja matriz de são sebastião mártir na cidade de venâncio aires no rio grande do sul - brasil, uma rara e pequena seqüência de movimentos, estruturada e fixada por étienne decroux, é realizado pelo performer sebastian, configurando são sebastião. transformando imagens estáticas em imagens em movimento através do uso de close-ups, foi explorada a interação da câmera com a arquitetura do corpo pensante e a gramática gestual, articulação do corpo, contrapesos, caminhadas e deslocamentos no espaço, rítmo dinâmico e a musicalidade do movimento, partindo da dimensão simbólica das repetições que evidenciam violência.
LOGLINE
In the gardens and interior of the Matriz Church of Saint Sebastian Martyr in the city of Venâncio Aires in Rio Grande do Sul - Brazil, a rare and small sequence of movements structured and fixed by Étienne Decroux, performed by Sebastian, setting up Saint Sebastian.
APRESENTAÇÃO
sebastian, trabalho integrante do projeto sebastian, de ian geike, é o primeiro vídeo da sequência de vídeo-performances corpo-catástrofe, que parte do livro barakei e de sua pesquisa corpo-catástrofe, destinada a construir o corpo sacrificial. o material de movimento que consta no vídeo é extremamente raro, já que a técnica de decroux é transmitida apenas por poucos de seus aprendizes diretos. a sequência foi transmitida ao artista por contribuição de alexandre brum correa.
PRIMEIRO VÍDEO DA SEQUÊNCIA DE VÍDEO-PERFORMANCES CORPO CATÁSTROFE
corpo-catástrofe é uma sequência de vídeo-performances de ian geike, que visa construir o corpo sacrificial a partir de sua pesquisa corpo-catástrofe, considerando suas experiência de encontro com são sebastião e a estética da catástrofe de barakei.
descobrindo o núcleo exposto de uma maçã em corte, cujo caroço é ao mesmo tempo seu dentro-fora, mishima parte para sua tarefa final: o seu próprio sacrifício. o início dessa tarefa se dá, sobretudo, num último álbum de fotografias, junto do fotógrafo eikoh hosoe - chamado de barakei (tortura pelas rosas) -, em que se evidencia na performance de mishima todo seu projeto iconoclasta e auto-mitológico, relacionado à morte e ao corpo. as fotos mostram o artista realizando performances de inúmeros suicídios diante da câmera: cometendo o seppuku, sendo asfixiado por toneladas de rosas e sendo crivado de flechas como um são sebastião, junto de outras referências ao santo. ao debruçar-se tão longamente sobre o extasis e o corpo sacrificial, em cuja forma o estado do sofrimento é transfigurado e divinizado, é empunhado o leque fechado que representa a espada japonesa no treinamento mais comum para o suicídio ritual samurai - o seppuku, ou cortar o ventre, dessa vez é realmente executado por mishima, em 1970 -, conectando a morte gloriosa e corajosa do guerreiro oriental à imagem de são sebastião, crivado por meio de flechas ao ser julgado sumariamente como traidor.