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EMPECILHO PESSOAL

FICHA TÉCNICA

Concepção Alporquia

Performer Alporquia e Ian Geike

Produção Alporquia

Classificação Etária Livre

Ano 2016

DESCRIÇÃO

Performance, Arte Digital

SINOPSE

a ilusão de transparência permeia a criação de novas tecnologias. a partir do começo da década de 1990, a interação mediada por computadores se impôs como um fenômeno e, desde então, vem crescendo e modulando certos comportamentos sociais. agora, na segunda década do novo milênio, o smartphone ocupa a nova fonte de validação emocional de milhares; o selfie encarna-se. a presente obra coloca esse novo ente ao lado de sua faceta física original - self e selfie, eu e hypereu.

APRESENTAÇÃO

que corpo você tem no facebook? uma pessoa se filma o tempo todo, age como curadora de sua vida e exibe o que quer, suas obras mantidas em molduras, “quasi-perfeitas”, que são telas de diversos apetrechos. nesse contexto o conceito de ruído e de parergon são o mesmo e tudo que se encontra fora da moldura da obra é ruído, que se infiltra, por entropia/acaso/desleixo e modifica a informação intencional.  a pessoa então é modificada.

a pessoa modificada não é necessariamente a curadora, é um reflexo, uma outra pessoa que existe junto da primeira. não menos real, mas admissivelmente muito mais virtual. um hypereu, um selfie... selfie que, em sua natureza pixelógica (que não é distante da originária), não possui ego, psique ou id, mas #ego, #psique e #id - atributos que tem como raiz seus respectivos conceitos psicológicos, mas que sofrem influência da vivência internauta.

o self então dança lado a lado com o selfie. o eu e o hypereu. o corpo e o outro corpo. o parergon perfura caminhos, já acostumado, afinal, com a condição contemporânea da quebra das restrições estéticas. infiltra-se nas “limitações da obra”. movimentos nunca idênticos, e em sua diferença infrafina - ou drástica -, os dois entes.  os dois eu. os dois, eu.

 

1° SIMPÓSIO INTERNACIONAL
SUBJETIVIDADE E CULTURA DIGITAL
CORPO E VITUALIDADE
MASTERPLANO BH
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